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Salto

Regida pela FEI – Federação Equestre Internacional - a modalidade Salto consiste basicamente numa prova em que o conjunto (cavalo/cavaleiro) percorre um percurso entre 8 a 12 obstáculos diferentes e de variados graus de dificuldade (0.80 metro em provas de Escolinhas de Equitação até 1.60 metros em Grandes Prêmios, Jogos Olímpicos e Mundiais). No Brasil é a modalidade do “hipismo clássico” com maior número de praticantes.


Origem: Os britânicos sempre gostaram de passeios, corridas a cavalo em campo aberto e a famosa caça à raposa. Na caça à raposa os cavaleiros eram acompanhados por cães, e perseguiam e capturavam a caça em campos abertos, onde transpunham obstáculos naturais que surgiam em seu caminho.

Na segunda metade do século XIX, os britânicos resolveram criar um tipo de prova que reproduzisse as caçadas, mas que fosse realizada em um recinto fechado e menor que os campos abertos da Inglaterra. Então foram criados obstáculos que reproduziam aqueles encontrados durante as caçadas. Nascia a prova de Salto, hoje realizada em pistas abertas ou pistas cobertas (provas indoor).

Com o passar do tempo, a modalidade foi evoluindo, as regras se aperfeiçoando, e foram criadas categorias para cavaleiros e amazonas, conforme sua idade e grau de preparo técnico.

O Salto tem como objetivo desenvolver a musculatura, a flexibilidade e a técnica do cavalo para transpor obstáculos com coragem, confiança, agilidade e velocidade, em perfeita harmonia e total submissão ao cavaleiro.


O Salto no Brasil: A primeira competição foi realizada em abril de 1641. Idealizada por Maurício de Nassau, holandês que governava a província de Pernambuco, o “Torneio de Cavalaria” teve como palco Maurícea, hoje, Recife, capital do Estado de Pernambuco.

Depois desta iniciativa, passaram-se 222 anos até o início da oficialização dos esportes equestres clássicos no Brasil, que se deu em 1863, quando do nascimento da Escola de Equitação de São Cristóvão, no Rio de Janeiro (RJ), em uma iniciativa do capitão do Exército, Luiz Jacomé de Abreu de Souza.

Praticado pelas elites do eixo Rio-São Paulo, o esporte ganhou novo impulso com a criação, no Rio de Janeiro, da Federação Brasileira de Hipismo em 1935, entidade que inspirou a criação da Confederação Brasileira de Hipismo (CBH) no final de 1941.

A primeira participação de cavaleiros brasileiros no exterior foi em 1942 no Chile. Um salto maior para o esporte foi dado em 1948 quando o Brasil mandou uma equipe para as Olimpíadas de Londres, Inglaterra. Em 1950 a CBH organizou o primeiro Concurso Hípico Internacional no Rio de Janeiro.

Nas décadas seguintes, o Salto cresceu em número de praticantes, surgiram centenas de clubes, e escolinhas de hipismo se espalham por todas as regiões do País. Atualmente, a CBH congrega 20 federações estaduais além da Comissão de Desportos do Exército (CDE),localizada na Vila Militar no bairro Deodoro, no Rio de Janeiro (RJ), palco das provas dos Jogos Panamericanos de 2008 e também das Olimpíadas de 2016.

O Estado de São Paulo é o maior reduto de praticantes de Salto no País. Nos últimos dez anos, a Federação Paulista de Hipismo (FPH) registrou mais de 5.000 concorrentes ligados a 292 entidades distintas e distribuídas por 158 cidades. Somados atletas de Salto e da Equitação Fundamental - para atletas iniciantes -, a modalidade é responsável por 82% dos federados.

Atualmente, o Salto é modalidade do hipismo com o maior número de participações internacionais que somam, até início de 2013, 15 Olimpíadas, as 6 edições dos Jogos Equestres Mundiais, Copas do Mundo, Jogos Panamericanos e Campeonatos Sul-americanos, entre outros.


O PSL no Salto

Por sua docilidade e obediência ao comando do cavaleiro, o Puro Sangue Lusitano também é indicado para os iniciantes no Salto, fazendo sucesso até competições com obstáculos a 1,20m.

O nome mais importante da raça no Salto foi Novilheiro (MV). Filho de Firme (AS) em Guerrita (MV), esse tordilho nascido em 1971, em Portugal, foi iniciado no Adestramento, e depois de exportado para a França, foi revelado nas pistas de Salto pelo britânico John Whitaker. O conjunto foi Campeão Britânico e líder do ranking europeu de prêmios em dinheiro ganhos em competição. Novilheiro (MV) retornou a Portugal em 1987, pelas mãos do criador Arsênio Raposo Cordeiro, se tornando pai de uma premiada prole de cavalos de toureio.